05 maio, 2009

"O socialista Joaquim Raposo admite que a Amadora ainda "está longe" do conceito de cidade-jardim que os seus fundadores ambicionavam, mas considera que muito tem sido feito para mudar a face do centro urbano. O presidente da câmara aposta, no entanto, numa "nova centralidade" para a cidade, entre a antiga zona industrial e a Quinta do Estado.
Os planos estão a cargo dos arquitectos Manuel Salgado, Norman Foster e Gonçalo Byrne. "O novo centro da Amadora não se faz só com habitação, faz-se naturalmente com alguma indústria, escritórios e equipamentos", afirma Raposo, defendendo que, nos novos empreendimentos, a componente habitacional não ultrapasse metade da ocupação total. Na Quinta do Estado, junto ao metro da Falagueira, que vai ser prolongado até à estação ferroviária da Reboleira, o plano de pormenor deve prever uma zona verde e pequenos bairros, para além da câmara e do tribunal. O metro ligeiro de superfície, de inciativa público-privada, ligará o metro aos casais da Mina e de São Brás."

Realmente, para nosso espanto, este processo de cidade-jardim já tem as suas sementes lançadas à terra, e não é no sentido figurado, como atestam as seguintes fotografias tiradas a uma das principais artérias de ligação à cidade (IC19):

Localização

A entrada na cidade pelo IC19:


As plantações com a Urbanização da Atalaia em destaque:


É possível constatar um espantalho e um colchão:

Junto ao Aqueduto das Águas Livres, na Rua da Indústrias (Falagueira), com a Fábrica da Bombardier como pano de fundo:









6 comentários:

  1. Gostava de saber quais foram os jardins que os fundadores da Amadora construiram???

    Conseguem dizer-me???

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  2. Na prática, alguns bairros da Venda Nova, encerram esse conceito de cidade-jardim, que é a própria definição de 'subúrbio', que tantas vezes os Norte-Americanos promovem a respeito da melhor qualidade de vida que se tem fora dos grandes núcleos. Infelizmente, a realidade europeia é outra, nomeadamente a Mediterrânea, como é o nosso caso.

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  3. obrigado pela resposta.foi esclarecedora.

    de facto, a Amadora ainda tem vários problemas, aliás como é visivel através das vossas fotografias.

    Mas, é certo, e só não vê quem não quiser, que a Amadora tem muitos mais jardins e de qualidade, sendo hoje uma Cidade bem melhor que há anos atrás.

    bom dia

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  4. Penso que este conceito "cidade-jardim" está a tornar a Amadora numa cidade onde se urbaniza com promessas de parques urbanos e espaços verdes, sem estes chegarem a ser construidos.

    Urbaniza-se e constroem-se prédios e apartamentos com as promessas aos moradores sob lemas de requalificação, que não se têm vindo a cumprir.

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  5. Subscrevemos o seu comentário. Efectivamente, sob o jugo dos 'Pais-Fundadores' e de que "O melhor da Amadora são as pessoas", o mais relevante no que diz respeito a principios básicos de sustentabilidade e segurança não só não têm ocupado lugar na tomada de decisão do poder autárquico, mas também tem perpassado para quem intervém na alteração da paisagem, neste caso, os urbanizadores uma vez que se sentem protegidos por um Estado tolerante.

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  6. No que diz respeito ás hortas, penso que cada vez vão aparecer mais. Com a crise, muitas pessoas não têm que comer e a chamadas "hortas urbanas" passam a ser uma solução.

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